Portal de Eventos CoPICT - UFSCar, [UFSCar Araras] XXV CIC e X CIDTI - 2018

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Seleção de bactérias produtoras de ácido indol acético e avaliação da atividade biológica em sementes de pepino
Amanda Aline da Silva Gazito, Silvana Perissatto Meneghin

Última alteração: 2018-10-23

Resumo


Os isolados bacterianos BR11, BC18, BR18 e BC25 foram inicialmente reativados do banco de microrganismos do Laboratório de Microbiologia Agrícola e Molecular (LAMAM). Os isolados foram caracterizados quanto à capacidade de produzirem amilase, protease, celulase e solubilizarem fosfato. A quantificação de ácido-indol acético (AIA) foi determinada por meio da quantidade secretada no meio de cultura caldo nutriente suplementado com triptofano produzido durante o crescimento do isolado. Os isolados foram avaliados durante o período 6, 24, 30, 48, 54 e 72 horas após a inoculação. As sementes de pepino caipira foram desinfetadas por meio da sua imersão em álcool 70% por um minuto, seguida da imersão em hipoclorito de sódio a 3% por três minutos e posteriormente lavadas com água destilada autoclavada para remoção dos resíduos. As sementes foram colocadas então para germinar em placas de petri estéril contendo folhas de papel filtro umedecidas. As placas foram cobertas com papel alumínio e levadas a BOD a 25ºC por 24 horas. Após esse período, as sementes pre-germinadas foram colocadas nas suspensões bacterianas por duas horas no meio contendo os isolados cultivados no período em que cada um produziu mais AIA (30ºC a 160 rpm) acrescido de 10% de sacarose. Transcorrida duas horas as sementes foram secas em papel filtro. Para o teste de colonização radicular, as sementes foram colocadas em tubos de ensaio contendo ágar-água com 0,6% de ágar. Os ensaios in vivo a respeito da capacidade dos isolados de promoverem o crescimento das plântulas de pepino foram conduzidos em casa-de-vegetação em delineamento inteiramente casualizado, contendo oito repetições, sendo cada repetição um vaso de 500 mL contendo solo, areia e matéria orgânica (6:2:1). Foram semeadas duas sementes por vasos. O tratamento testemunha foi constituído de sementes imersas em meio de cultura sem crescimento bacteriano. As plantas foram mantidas em casa-vegetação por um período de 14 dias, quando o experimento foi encerrado. Nenhum dos isolados foi capaz de solubilizar fosfato. Todos isolados foram capazes de sintetizar protease. O isolado BR18 e BR11 produziram celulase, amilase e protease e o BC25 apenas amilase e protease. Os resultados obtidos indicaram que os isolados variaram a quantidade de AIA produzida ao longo do tempo de incubação. As maiores quantidades de AIA produzidas pelo isolado BC18 foi 76,46 µg mL-1; BC25 60,31 µg mL-1; o BR11 84,88 µg mL-1 e o BR18 92,79µg mL-1em 6, 24, 72 e 48 horas, respectivamente. Todos os isolados apresentaram capacidade de colonizar o sistema radicular in vitro. Os dados referentes ao comprimento do caule, raiz, peso fresco e peso seco total referente ao teste in vivo não indicaram diferenças estatísticas entre as médias obtidas, de acordo com o teste F.


Palavras-chave


bactérias; promoção de crescimento, produção de enzimas; colonização radicular; ácido indol acético