Última alteração: 2018-10-17
Resumo
Influência de inibidor de crescimento na composição proteica de panículas de sorgo sacarino
O sorgo é uma planta que passou a ser estudada no Brasil na década de 70 e vem ganhando um grande destaque mundial, isto graças às suas inúmeras aplicações, desde a área de biocombustível, até a de alimentação, incluindo humana e animal. É uma planta pertencente à família das gramíneas (Poaceae), a família vegetal mais economicamente importante aos humanos, e apresenta uma alta taxa conversão de energia solar em energia química, caracterizando-se como uma planta C4. No Brasil, a pesquisa referente ao sorgo ainda mantém o foco na alimentação animal, porém a crescente atenção às outras aplicações do grão tem tornado necessário que sejam realizadas análises e caracterizações, tornando possível os ensaios e experimentos futuros. Visando colaborar com informações para a literatura relacionada ao sorgo, atualmente bem escassas, o objetivo desse trabalho foi de determinar a composição proteica da panícula do sorgo sacarino submetidos à diferentes concentrações de inibidor em diferentes épocas de maturação. O experimento foi conduzido em delineamento de blocos casualizados, com cinco repetições, constituindo-se os seguintes tratamentos: 0% da DR, 50% da DR, 100% da DR e 150% da DR, colhidos aos 90, 105, 120 e 135 dias após a aplicação. Para a realização da análise de proteína, foi utilizado do método Kjedahl (1883), em triplicata, sendo o valor de nitrogênio final multiplicado por um fator (6,25) para se obter o valor de proteína bruta. Os resultados obtidos mostram que o teor médio de proteína na panícula do sorgo sacarino em base seca foi de 1%, e este valor não sofre grandes alterações quando em presença do inibidor, bem como na variação da época de maturação. A panícula do sorgo sacarino apresenta-se, portanto, como um concentrado energético de baixo teor proteico, podendo ser comparável ao milho.