Portal de Eventos CoPICT - UFSCar, [UFSCar Araras] XXV CIC e X CIDTI - 2018

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Caracterização do óleo de larvas de Tenébio molitor.
Kaio Eduardo Buglio, Beatriz Altarugio Galdini, Maria Teresa M. R. Borges

Última alteração: 2018-10-23

Resumo


Os insetos vêm atraindo a atenção dos pesquisadores para o seu potencial como recurso energético nos últimos anos. Os representantes capazes de reciclar resíduos orgânicos para acumular gordura são os mais investigados. Insetos podem ser alimentados com restos orgânicos produzidos pelo homem, o que reduziria o impacto sobre o ambiente, além da baixa demanda de espaço, água e baixa produção de gases do efeito estufa. Dentre todos os insetos, o Tenebrio molitor é uma espécie de besouro que vem mostrando potencial para se tornar uma alternativa tanto para alimentação animal quanto a humana, sendo capazes de substituir grãos e até mesmo produtos cárneos e melhorar aspectos econômicos e sustentáveis na produção de alimentos. Em sua fase larval, seu comportamento é de se alimentar praticamente o tempo todo, estocando grande quantidade energia para sofrer metamorfose e se tornar um indivíduo adulto. Essa energia é estocada principalmente na forma de gordura e proteína, conferindo às larvas de tenébrio em estágio avançado, uma composição bromatólogica bastante interessante. São ricos em ácidos graxos essenciais, ômegas, lipídios insaturados e saturados, além de um bom aminograma. A presente pesquisa teve como objetivo, caracterizar o óleo extraído de larvas de Tenebrio molitor. Amostras de larvas de tenébrio, secas e moídas, foram submetidas à extração tipo soxhlet com solvente éter etílico. O óleo extraído foi analisado por cromatografia gasosa. No óleo extraído de larvas de tenébrio há predominância de ácidos graxos insaturados (58,78%), destacando-se dentre os monoinsaturados, o ácido oleico (C18:1), representando 36,65%; e dentre os polinsaturados, o ácido linoleico (C18:2), representando 20,01%. Em se tratando dos saturados (40,47%), destaca-se o ácido miristico (C14:0), representando 11,27%, e o ácido palmítico (C16:0), representando 19,90%. Tal perfil de ácidos graxos leva à conclusão de que este óleo pode apresentar diversas aplicações, além de ser uma fonte alternativa, econômica e sustentável de obtenção de óleos quando comparado aos óleos vegetais.


Palavras-chave


Insetos, extração de óleos, segurança alimentar