Portal de Eventos CoPICT - UFSCar, [UFSCar Araras] XXV CIC e X CIDTI - 2018

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Fitossociologia da comunidade de plantas daninhas no consórcio de milho com guandu-anão (Cajanus cajan L.) e Crotalaria spectabilis L. em sistema orgânico
Nayara Beatriz Oliveira Silva, Anastacia Fontanetti, Leila Bonfanti

Última alteração: 2018-10-16

Resumo


Na produção de milho orgânico um dos principais desafios tecnológicos é o manejo das plantas daninhas. O controle das espontâneas, geralmente é realizado por capina, arranquio e, ou roçada. Esses métodos, além de ineficientes, oneram os custos de produção. Dessa forma, a ocupação do solo, espaço, por adubos verdes pode alterar a dinâmica das espécies espontâneas no sistema e contribuir para o controle. Objetivou-se avaliar a fitossociologia da comunidade de plantas daninhas no cultivo consorciado de milho com os adubos verdes, Cajanus cajan L (guandu-anão) e Crotalaria spectabilis, semeados em diferentes densidades de plantas no sistema orgânico. O experimento foi conduzido na safra 2017/18, na UFSCar/Araras, SP. O delineamento experimental utilizado foi o blocos casualizados com quatro repetições. Os   tratamentos consistiram em três consórcios de milho com:  MC5) C. spectabilis - 5 plantas m-1; MG5) Cajanus cajan - 5 plantas m-1; MCG6) C. spectabilis e Cajanus cajan - 6 plantas m-1 (três plantas de cada adubo verde), todos semeados na linha de cultivo; e um tratamento controle, M) milho solteiro. As plantas daninhas foram coletadas nas linhas e entrelinhas de plantio, nos estádios fenológicos V4 (quatro folhas expandidas) e R6 (maturidade fisiológica) do milho. Posteriormente foram identificadas por espécies e secas em estufa com circulação de ar. Foram avaliados os parâmetros fitossociológicos:  frequência relativa (FR), densidade relativa (DR), dominância relativa (DoR) e índice de valor de importância (IVI). No estádio V4, nas linhas e entrelinhas de plantio, em todos os tratamentos, as espécies Urochloa decumbens e Cyperus spp. apresentaram os maiores valores do IVI. Já no estádio R6 na linha de plantio, as espécies com maiores IVI foram Megathyrsus maximus, com 86% no MG e 83% no M, seguido da Hypts spp. com 48% no MG e 43% no M.  No entanto, nas entrelinhas de plantio, o IVI da M. maximus foi de 86% para o MG e 15% para o M. A espécie M. maximus é mais tolerante ao sombreamento que as do gênero Urochola, fato que pode explicar o maior IVI da espécie no estádio R6 do milho, onde ocorreu maior sombreamento. Também, nas entrelinhas de plantio, o menor sombreamento no M promoveu o estabelecimento da espécie Althernanthera tenella com 74% de IVI. As diferentes espécies e densidades de adubos verdes no consórcio com o milho alteram a comunidade de plantas daninhas. A ocupação do solo, espaço, e sombreamento proporcionado pelas espécies de adubos verdes são fatores responsáveis pela alteração da comunidade de espécies daninhas nos diferentes sistemas de cultivo.


Palavras-chave


leguminosas; manejo; Zea mays L.

Referências


BARDUCCI, R. S.; COSTA, C.; CRUSCIOL, C. A. C.; BORGHI, É.; PUTAROV, T. C.; SARTI, L. M. N. Produção de Brachiaria brizantha e Panicum maximum com milho e adubação nitrogenada. Archivos de Zootecnia, Córdoba, v. 58, n. 222, p.211-222, 2009.