Última alteração: 2018-10-15
Resumo
A busca pela sustentabilidade produtiva visa atender a demanda de consumidores que valorizam por processos mais limpos de produção, evita a contaminação e degradação ambiental, além de também incorporar as populações rurais no processo de desenvolvimento. Além do mais, representa a mudança de uma agricultura de insumos para uma agricultura de manejo, visando ser ambientalmente correta, socialmente justa e economicamente viável. Este trabalho tem como objetivo localizar as principais regiões produtoras de orgânicos com vistas a traçar o fluxo de escoamento desses produtos. Para isso, o estudo foi conduzido pela utilização de dados secundários levantados em bibliografia relativa à área e em sites públicos e privados. A análise foi de maneira descritiva/quantitativa fundamentada no campo teórico de forma extensiva e exploratória. Como fonte de dados pode-se citar: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Associação Brasileira de Agroecologia (ABA) entre outros que são relacionadas à área de marketing. Os resultados revelaram que cidades consideradas “grandes”, tais como São Paulo (e Grande São Paulo), região da Grande Campinas e o Sul do Estado de São Paulo, são zonas consideradas de grande importância para o cultivo de orgânicos, sendo regiões responsáveis pela maior parte da produção de tudo aquilo que é comercializado no Estado. A cidade de São Paulo possui 1178 produtores certificados, sendo que outras cidades de destaque, além de São Paulo, em termos de número de produtores, são as cidades de Apiaí, Iperó, Americana, Barra do Turvo, Cajamar, São Carlos, Itaberá. Sendo este destaque podendo se associado à grande população existente em algumas destas cidades. Dentre as culturas mais produzidas nestes municípios destacam-se o cultivo de cana-de-açúcar, hortaliças, frutas, cereais e leguminosas. Quanto a escolha do melhor canal de distribuição, esta pode variar de acordo com muitos fatores, como por exemplo, a disponibilidade de tempo, mão-de-obra, grau de perecibilidade do produto e logística (armazenagem e transporte). Os canais mais utilizados são: feiras livres, lojas especializadas, restaurantes, supermercados e os programas institucionais, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). As feiras (cerca de 180 pontos) são estrategicamente importantes para o escoamento pois proporcionam absorção dos alimentos in natura, além de permitirem que os próprios produtores comercializem diretamente com o consumidor, assim obtendo uma remuneração justa pelo produto. Em destaque, a Grande São Paulo, tem postos de abastecimento como a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo - CEAGESP, que faz com que o alimento esteja fresco e pronto para o consumo. Conclui-se que essas perspectivas que indicaram os principais municípios, além de indicar a cultura produzida e os principais canais de escoamento dos mesmos, também apontaram as possibilidades e desafios para os produtores distribuírem os produtos orgânicos.
Palavras-chave
Referências
MAZZOLENI, E. M.; NOGUEIRA, J. M. Agricultura orgânica: características básicas do seu produtor. Rev. Econ. Sociol. Rural, Brasília , v. 44, n. 2, p. 263-293, June 2006.
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Disponível em: http://www.agricultura.gov.br/assuntos/sustentabilidade/organicos/cadastro-nacional-produtores-organicos. Acesso em: 23 jul. 2018.