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Sistemas agroflorestais como alternativa de restauração ecológica associados a diferentes métodos de manejo de plantas daninhas e as performances de dez espécies arbóreas nativas da floresta estacional semidecidual
Jéssica Maria Madella Vicensoti, Alessandra dos Santos Penha

Última alteração: 2020-12-15

Resumo


Levando em consideração a importância de adequar métodos de restauração de ecossistemas naturais degradados, a instalação de sistemas agroflorestais (SAF) surge como potencial alternativa, pois promoveria um retorno financeiro ao pequeno e médio produtor rural, como forma de arcar ao menos parcialmente com os custos embutidos na restauração florestal. Sendo assim, o objetivo do projeto foi avaliar: i) se 10 espécies arbóreas nativas da floresta estacional semidecidual se desenvolveram de modo significativamente diferente em função da estratégia de restauração (SAF e plantio misto de espécies arbóreas nativas) e do tipo de manejo de plantas daninhas (químico e mecânico); e ii) se houve diferenças no crescimento entre as espécies em função dos diferentes tratamentos. Foi realizado um delineamento em blocos inteiramente casualizados com quatro tratamentos e três repetições por tratamento (12 parcelas de 60 m x 18 m): i) reflorestamento convencional com controle químico de plantas daninhas; ii) reflorestamento convencional com controle mecânico de plantas daninhas; iii) SAF com controle químico; iv) SAF com controle mecânico. Foi avaliado o crescimento em altura e diâmetro das mudas aos oito, 11 e 14 meses após o plantio. Foram constatadas diferenças entre os tratamentos em relação à estratégia de restauração e ao manejo de plantas daninhas. De modo geral, as espécies cresceram mais no tratamento com SAF, independentemente do método de controle de plantas daninhas. Observou-se também que as 10 espécies responderam de forma distinta dentre os diferentes tratamentos, sendo que Ceiba speciosa e Citharexylum myrianthum registraram crescimento em altura inferior às demais espécies em todos os tratamentos. Schinus terebinthifolia, Guazuma ulmifolia, Heliocarpus popayanensis e Cecropia pachystachya cresceram mais nos tratamentos com SAF e se mostraram tolerantes ao manejo químico de plantas daninhas. Por outro lado, Aegiphila selowiana apresentou maior crescimento quando submetida ao reflorestamento convencional, independentemente do método de manejo de plantas daninhas, quando comparado aos tratamentos com SAF. Concluiu-se então que, a utilização de SAF atrelada ao controle químico pode vir a ser uma ferramenta de restauração florestal, visando a diminuição dos custos embutidos no processo.

Palavras-chave


Adequação ambiental; Árvores; Competição; Ecologia da restauração; Interferência; Invasoras; Sustentabilidade

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