Portal de Eventos CoPICT - UFSCar, [UFSCar Sorocaba] XXV CIC e X CIDTI - 2018

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Morfometria da concha de Caryocorbula chittyana C. B. Adams, 1852 (Bivalvia, Corbulidae): alterações durante o crescimento pós-larval
Camila Fidelis, Eliane Pintor de Arruda

Última alteração: 2018-10-28

Resumo


Variações na forma da concha dos bivalves são difíceis de identificar com a taxonomia tradicional. Métodos de morfometria geométrica são usados para resolver problemas na sistemática, baseada em marcos anatômicos (MA). O objetivo deste trabalho é avaliar as variações ontogenéticas da concha de Caryocorbula chittyana a partir de coleções científicas, fornecendo informações para a taxonomia da espécie e estudos relacionados a evolução da família Corbulidae.  As conchas foram separadas em três categorias de acordo com o tamanho: maiores que 5 mm; entre 3,5 e 5 mm e menores que 3,5 mm. Análises morfométricas foram realizadas a partir de imagens internas da valva esquerda. Foram realizadas digitalizações dos MA com o software TPSDIG; análises morfométricas/estatísticas com o software MorphoJ, análises visuais da variação da forma com a função das placas finas. A Análise de Procrustes (GPA) mostrou as variações dos 11 marcos anatômicos, sendo confirmada pela Análise de Componentes Principais (PCA), evidenciando a grande variação na forma da concha ao longo do crescimento. A função discriminante classificou os indivíduos fazendo comparações dos grupos de tamanho par a par por via cruzada, com altas porcentagens de identificação, onde porcentagens maiores indicam grupos mais distantes, e menores indicam grupos mais próximos. Concluiu-se que a espécie apresenta grande variação na forma da concha ao longo do seu crescimento, com alterações visíveis em todos os MA.  A concha juvenil tem forma trigonal e com o crescimento adquire forma trigonal-alongada, essa alteração está associada com a deposição de camadas de carbonato de cálcio que ocorre ao longo do crescimento, tornando a concha mais grossa em relação a sua forma juvenil. A margem posterior longa, reta e truncada no juvenil, no adulto é menor e assume uma posição mais dorsal. Essas variações auxiliam na taxonomia do grupo e na elucidação das modificações no crescimento pós-larval na espécie.


Palavras-chave


Bivalvia; ontogenia; morfometria geométrica