Última alteração: 2021-03-18
Resumo
A presente pesquisa, de caráter qualitativo, foi realizada no contexto de ensino público no interior do estado de São Paulo. Por meio da pesquisa buscamos compreender como professores da área de língua inglesa, atuantes em escolas públicas estão lidando com o processo de implementação dos princípios da BNCC em seus currículos, bem como investigar as percepções desses professores sobre possíveis impactos da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para suas práticas de sala de aula. A BNCC, aprovada e homologada pelo Ministério da Educação (MEC) em meados de dezembro de 2017, define os direitos de aprendizagens a todos os alunos do Brasil, assim, os currículos de todas as redes de ensino (Ensino Básico ao ensino Fundamental) devem ter a BNCC como referencial. Na fundamentação teórica deste estudo, abordamos, primeiramente, de forma breve, a história do ensino de línguas no Brasil e as políticas públicas de ensino de línguas no país, logo após, realizamos uma discussão sobre a última versão da Base e, por fim, discutimos o papel do professor nesse trabalho de implementação da base no currículo e na prática de sala de aula. Para tanto, baseamo-nos em autores como Vidotti (2013), Leffa (1999), Marchelli (2017), Yoshida (2018) entre outros. Para participar da pesquisa foram convidados três professores da área de língua inglesa que lecionam em escola pública e um coordenador pedagógico da área de línguas, também atuante em escola pública. Os seguintes instrumentos de pesquisa foram utilizados: questionário e entrevista. Os dados coletados foram transcritos, categorizados e triangulados. Tendo em vista que o tema abordado é recente, esperamos que a pesquisa possa trazer mais esclarecimentos sobre o processo de implementação da BNCC e possa abrir possibilidades para outras futuras pesquisas a serem desenvolvidas.
Palavras-chave
Referências
ANTUNES, Camila. As teorias do currículo na perspectiva de Tomas Tadeu da Silva. 2014. BARRETTO, Elba S. S. Políticas de currículo e políticas docentes para a educação básica. In: SANTOS, L. C. L.; FAVACHO, A. (org.) Políticas e práticas curriculares: desafios contemporâneos. Curitiba: CVR, 2012. p. 135-149.
AUSUBEL, D. P. The Psychology of Meaningful Verbal Learning. New York: Grune & Stratton, 1963. BARDIN, Laurence. Análise de Conteúdo. Lisboa: Edição 70, 1977. BNCC. Aprendizagem significativa – breve discussão acerca do conceito. Disponível em: Acesso em: 01 de outubro de 2018. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Dezembro, 2017. Disponível em: Acesso em: setembro de 2018.
BRASIL. Movimento pela Base Nacional Comum. Como fazer a Base chegar nas salas de aula? Disponível em: < http://movimentopelabase.org.br/benchmarks- internacionais/> Acesso em: setembro de 2018.
BRASIL. Movimento pela Base Nacional Comum. Dimensões e Desenvolvimento das Competências Gerais da BNCC. Abril, 2018. Disponível em: http://s3.amazonaws.com/porvir/wpcontent/uploads/2018/02/28185234/BNCC_Competencias_Progressao.pdf> Acesso em: agosto de 2018.
BRASIL. Movimento pela Base Nacional Comum. Primeiros passos para a implementação da Base Nacional Comum Curricular. Disponível em: http://movimentopelabase.org.br/wp-content/uploads/2017/04/BaseGuia.pdf> Acesso em: setembro de 2018.
BRASIL. Orientações Curriculares para o Ensino Médio. Linguagens, códigos e suas tecnologias / Secretaria de Educação Básica. – Brasília : Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2006. 239 p. (Orientações curriculares para o ensino médio ; volume 1)
BRITISH COUNCIL. A língua inglesa na Base Nacional Comum Curricular. Disponível em: Acesso em: agosto de 2018.
BRITISH COUNCIL. Seis aspectos para a revisão da 3ª versão da BNCC: Componente Língua Inglesa. Novembro, 2017. Disponível em: 66 < https://drive.google.com/file/d/1jPpvX3kAt2iX6pmfk7RF0Y00Wr64Nu1s/view> Acesso em: agosto de 2018.
CANÇADO, M. Um Estudo sobre a Pesquisa Etnográfica em Sala de Aula. Trabalhos em Linguística Aplicada. Campinas, (23): 55-69, Jan./Jun.1994.
CRAHAY, Marcel. Dangers, incertitudes et incomplétudes de la logique de la compétence en éducacion. Révue Française de Pédagogie, Lyon, n. 154, p. 97-110, jan./mar. 2006.
CUNHA, Érika Virgílio. Cultura, contexto e a impossibilidade de uma unidade essencial para o currículo. Currículo sem Fronteiras, Rio de Janeiro, v. 15, n. 3, p. 575-587, set./dez. 2015.
DURAZZO, S. In: YOSHIDA, S. Como preparar a melhor aula de Inglês. 2018. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/11667/como-preparar-a-melhor-aula-de-ingles. Acesso em: 16 de setembro de 2020.
ERICKSON, F. Advantages and Disadvantages of Qualitative Research Design on Foreign Language Research. In: Freed, B. F. (ed.). Foreign Language Acquisition Research and the Classroom, Massachusetts: D. C. Heath and Company,1991. P. 338-353. FLICK, Uwe. Introdução à pesquisa qualitativa. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2009. 405 p.
FUTURA. O que você precisa saber sobre a Base Nacional Comum Curricular. Disponível em: Acesso em: julho de 2018. GALIAN, C. V. A. SILVA, R. R. D. Apontamentos para uma avaliação de currículos no Brasil: A BNCC em questão. 2018. Disponível em: http://publicacoes.fcc.org.br/ojs/index.php/eae/article/view/5693. Acesso em: Novembro de 2019.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Editora Atlás, 2002. 176 p.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlás, 2008.
GONSALVES, Elisa Pereira. Conversas sobre iniciação à pesquisa científica. Campinas: Alínea, 2001. 80 p. KRAMER, Sônia. Propostas pedagógicas ou curriculares: subsídios para uma leitura crítica. Educação e Sociedade, Campinas, v. 18, n. 60, p. 15-35, dez. 1997.
LEFFA, Vilson J. O ensino de línguas estrangeiras no contexto nacional. Contexturas. APLIESP, n. 4, p. 13-24, 1999.
LEFFA, Vilson J. Ensino de línguas: passado, presente e futuro. Universidade Católica de Pelotas. Rev. Est. Ling., Belo Horizonte, v. 20, n. 2, p. 389-411, jul./dez. 2012
LEWY, Arieh. A natureza da avaliação de currículo. In: LEWY, A. (org.). Avaliação de Currículo. São Paulo: E.P.U/Edusp, 1979. p. 3-36.
MACEDO, Elizabeth. Base Nacional Curricular Comum: Novas formas de sociabilidade produzindo sentidos para educação. Revista e-Curriculum, São Paulo, v. 12, n. 03, p. 1530-1555, out./dez. 2014.
MALLMANN, Mariana Tais. A BNCC na prática: O ensino de língua inglesa pautado por projetos pedagógicos. UNIVATES. Novembro de 2018. Disponível em:
MARCHELLI, Paulo. Base Comum Curricular e Formação de Professores: O Foco na Organização Interdisciplinar do Ensino e Aprendizagem. 2017. Disponível em: < https://seer.ufs.br/index.php/revec/article/view/6555 > Acesso em: outubro de 2017.
MARCUSCHI, L. A. Linguagem e classes sociais: introdução critica à teoria dos códigos lingüisticos de Basil Bemstein. Porto Alegre, Editora Movimento, Coedições URGS, Universidade do Rio Grande do Sul, 1975.84 p.
MOREIRA, M. A. O que é afinal aprendizagem significativa? Revista cultural La Laguna Espanha, 2012. Disponível em: http://moreira.if.ufrgs.br/oqueeafinal.pdf. Acesso em: 14/04/2020.
OLIVEIRA, Ênio. Políticas de Ensino de Línguas Estrangeiras em Escolas Públicas do Estado de São Paulo. 2003. Disponível em: < http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/269303/1/Oliveira_Eniode_M.pdf > Acesso em: novembro de 2017.
OLIVEIRA, Débora Lopes de; DERING, Renato de Oliveira. BNCC E LÍNGUA INGLESA: REFLEXÕES E IMPLICAÇÕES NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM A PARTIR DA LEITURA. HON NO MUSHI - ESTUDOS MULTIDISCIPLINARES JAPONESES - ISSN 2526-3846, [S.l.], v. 3, n. 4, p. 190-200, jun. 2018. ISSN 2526- 3846. Disponível em: . Acesso em: 04 out. 2018.
PAIVA, Thais; MATUOKA, Ingrid. O lugar do inglês na Base Nacional Comum Curricular. 2018. Disponível em: Acesso em: agosto de 2018.
PHILLIPSON, R. Linguistic Imperialism. Oxford, England: Oxford University Press. 1992. 365p.
PRABHU, N. S. There is no best method—why? TESOL Quarterly, v. 24, n. 1, p. 161-176, 1990.
RIBEIRO, Renato. Base Nacional Comum Curricular. P. 37-92.
SACRISTÁN, José Gimeno et al. (org.). Educar por competências. O que há de novo?Porto Alegre: Artmed, 2011.
SILVA, Tomas Tadeu. Documentos de Identidade: uma introdução às teorias do currículo. -3 ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2011, 156 p.
SOUZA, Celina. Políticas públicas: questões temáticas e de pesquisa. Caderno CRH, Salvador, n. 39, jul./dez. 2003.
VIDOTTI, J. Política de língua estrangeira: o século XIX no Brasil. Saarsbrucken: Novas Edições Acadêmicas, 2013.
VIEIRA, Jarbas; FEIJÓ, José. A Base Nacional Comum Curricular e o conhecimento como commodity. Educação Unisinos, São Leopoldo, v. 22, n. 1, p. 35-43, jan./mar. 2018.
XAVIER, R. P. Ensinar e Aprender Língua Estrangeira na Contemporaneidade. P. 75 – 91. Contexturas: Ensino crítico de Língua Inglesa. Edição 17. Editora RBB Ltda. 2010.
YOSHIDA, Soraya. Como preparar a melhor aula de Inglês. Abril, 2018. Disponível em: < https://novaescola.org.br/conteudo/11667/como-preparar-a-melhor-aula-de- ingles> Acesso em: setembro de 2018