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HISTÓRIA NO FEMININO: A REPRESENTAÇÃO DA MULHER ANGOLANA EM DIFERENTES TEMPOS DA OBRA DE PEPETELA
Letícia Alves Franzini, Daniel Marinho Laks

Última alteração: 2021-03-18

Resumo


O presente trabalho tem como objetivo principal observar e refletir sobre o modo como o autor angolano Pepetela retrata suas personagens femininas situadas em diferentes momentos da história angolana tendo como base os romances, A geração da utopia (1992) e Se o passado não tivesse asas (2016).

O enfoque analítico se concentra em Sara e seu silenciamento em A geração da utopia e em Himba e sua transformação em Sofia em Se o passado não tivesse asas. Para tanto, tem-se como aparatos teóricos o ensaio Pode o subalterno falar? (2010), de Gayatri Spivak; Mulheres, raça e classe (2016), de Angela Davis, que direcionam a análise representativa do feminino, além desses, tem-se outros textos como Ficção e História na literatura angolana: O caso de Pepetela (2010), de Inocência Mata e Poética do Pós-Modernismo (1991), de Linda Hutcheon, que visam à realização da análise formal das características do pós-colonial que permeiam essas obras, salientando pontos como a interface entre literatura e história, presente na escrita literária angolana desde o nacionalismo.

A partir da união desses pontos de análise pretende-se entender o modo como a representação feminina auxilia e participa da retomada memorialística presente nessa literatura, para assim compreender tanto o papel feminino quanto as influências do literário na produção de uma memória pública na sociedade em questão.

 


Palavras-chave


Representação feminina; pós-colonial; Pepetela.

Referências


DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe; tradução Heci Regina Candiani. São Paulo: Boitempo, 2016.

HUTCHEON, Linda. Poética do pós-modernismo: história, teoria, ficção; tradução Ricardo Cruz. Rio de Janeiro: Imago Ed., 1991.

MATA, Inocência. Ficção e História na Literatura Angolana: O caso de Pepetela. Lisboa: Edições Colibri, 2010.

PEPETELA. A Geração da Utopia. São Paulo: LeYa, 2013.

PEPETELA. Se o passado não tivesse asas. Rio de Janeiro: LeYa, 2017.

SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar? 1. ed. Trad. Sandra Regina Goulart

Almeida; Marcos Pereira Feitosa; André Pereira. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2010.