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Superóxido dismutase e catalase em fígado de girinos de rãs-touro, Lithobates catesbeianus (Shaw, 1802) como bioindicadores de contaminação ambiental.
Última alteração: 2021-03-18
Resumo
A industrialização e urbanização extensivas têm aumentado a concentração de contaminantes no ambiente aquático e estudos relatam efeitos adversos nos organismos aquáticos expostos a águas contaminadas. Esse trabalho investigou no fígado, rim e músculo de girinos de rãs-touro, Lithobates catesbeianus se a exposição a água do rio Sorocaba altera a atividade das enzimas catalase (CAT),
superóxido dismutase (SOD) e causa estresse oxidativo por alteração nos níveis de peroxidação lipídica (LPO) prejudicando assim, a manutenção de suas necessidades básicas como crescimento e reprodução. Para tanto, grupos de animais foram expostos durante 96 h a água do rio Sorocaba em dois períodos
inverno (agosto) e verão (março) e em dois locais do rio, Ibiúna (P1) e represa de Itupararanga (P2). Os resultados da análise da água registraram a presença de alumínio (Al), Cobre (Cu), Manganês (Mn) e zinco (Zn) nos dois pontos do rio Sorocaba e nos dois períodos de exposição, no verão, inicialmente, todos os
parâmetros analisados estavam dentro dos limites estabelecidos pela resolução brasileira, CONAMA 357/05, já no inverno, inicialmente todos os valores estavam de acordo com a legislação, com exceção dos níveis de alumínio no ponto 1. Houve diferença significativa nos parâmetros bioquímicos do fígado, rim e músculo nos girinos entre os dois pontos (P1 e P2) e períodos comparados com o controle. No fígado, os maiores efeitos foram observados em animais expostos à água do P2. No P2, durante o inverno, houve diminuição da CAT e SOD, enquanto que no verão a CAT aumentou e a SOD diminuiu em ambos os pontos, LPO não variou entre os tratamentos, somente entre os períodos. No rim, a atividade da CAT aumentou e os níveis de LPO diminuíram em ambos os pontos
no inverno e no verão, CAT e SOD diminuíram em P1 e P2 e LPO somente em P2. No músculo houve aumento da CAT, SOD e LPO em ambos os pontos no verão e, no inverno SOD e LPO diminuíram em P1 e P2 e a CAT diminuiu somente em P2. Os biomarcadores selecionados mostraram um quadro de estresse oxidativo e esses resultados destacam a importância de se investigar vários tecidos devido a função e sensibilidade de cada órgãos e, especialmente
nos casos de contaminação por metais, e evidência que mesmo rios que estão dentro das normas estabelecidas pelo CONAMA, podem apresentar riscos aos animais ali presentes.
Agência de financiamento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e tecnológico (CNPq).
superóxido dismutase (SOD) e causa estresse oxidativo por alteração nos níveis de peroxidação lipídica (LPO) prejudicando assim, a manutenção de suas necessidades básicas como crescimento e reprodução. Para tanto, grupos de animais foram expostos durante 96 h a água do rio Sorocaba em dois períodos
inverno (agosto) e verão (março) e em dois locais do rio, Ibiúna (P1) e represa de Itupararanga (P2). Os resultados da análise da água registraram a presença de alumínio (Al), Cobre (Cu), Manganês (Mn) e zinco (Zn) nos dois pontos do rio Sorocaba e nos dois períodos de exposição, no verão, inicialmente, todos os
parâmetros analisados estavam dentro dos limites estabelecidos pela resolução brasileira, CONAMA 357/05, já no inverno, inicialmente todos os valores estavam de acordo com a legislação, com exceção dos níveis de alumínio no ponto 1. Houve diferença significativa nos parâmetros bioquímicos do fígado, rim e músculo nos girinos entre os dois pontos (P1 e P2) e períodos comparados com o controle. No fígado, os maiores efeitos foram observados em animais expostos à água do P2. No P2, durante o inverno, houve diminuição da CAT e SOD, enquanto que no verão a CAT aumentou e a SOD diminuiu em ambos os pontos, LPO não variou entre os tratamentos, somente entre os períodos. No rim, a atividade da CAT aumentou e os níveis de LPO diminuíram em ambos os pontos
no inverno e no verão, CAT e SOD diminuíram em P1 e P2 e LPO somente em P2. No músculo houve aumento da CAT, SOD e LPO em ambos os pontos no verão e, no inverno SOD e LPO diminuíram em P1 e P2 e a CAT diminuiu somente em P2. Os biomarcadores selecionados mostraram um quadro de estresse oxidativo e esses resultados destacam a importância de se investigar vários tecidos devido a função e sensibilidade de cada órgãos e, especialmente
nos casos de contaminação por metais, e evidência que mesmo rios que estão dentro das normas estabelecidas pelo CONAMA, podem apresentar riscos aos animais ali presentes.
Agência de financiamento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e tecnológico (CNPq).
Palavras-chave
anfíbios, contaminantes, estresse oxidativo
Referências
Carvalho, C.S., Bernusso, V.A. Araujo, H.S.S., Espíndola, E.L.G., Fernandes, M.N. Biomarker responses as indication of contaminant effects in Oreochromis niloticus. Chemosphere 89, 60-69. 2012.
Carvalho, C.S., Bernusso, V.A., Fernandes, M.N. Copper levels and changes in pH induce oxidative stress in the tissue of curimbata (Prochilodus lineatus). Aquat. Toxicol. 167, 220-227. 2015.
Carvalho, C.S., Utsunomiya, H.S.M., Pasquoto, T., Lima, R., Costa, M.J., Fernandes, M.N. Blood cell responses and metallothionein in the liver, kidney and muscles of bullfrog tadpoles, Lithobates catesbeianus, following exposure to different metals. Environ. Poll., 221, 445-452. 2017.
Carvalho, C. S., Utsunomiya, H. S. M., Pasquoto-Stigliani, T., Costa, M. J., & Fernandes, M. N. Biomarkers of the oxidative stress and neurotoxicity in tissues of the bullfrog, Lithobates catesbeianus to assess exposure to metals. Ecotox. Environ. Saf. 196. 2020.
Carvalho, C.S., Bernusso, V.A., Fernandes, M.N. Copper levels and changes in pH induce oxidative stress in the tissue of curimbata (Prochilodus lineatus). Aquat. Toxicol. 167, 220-227. 2015.
Carvalho, C.S., Utsunomiya, H.S.M., Pasquoto, T., Lima, R., Costa, M.J., Fernandes, M.N. Blood cell responses and metallothionein in the liver, kidney and muscles of bullfrog tadpoles, Lithobates catesbeianus, following exposure to different metals. Environ. Poll., 221, 445-452. 2017.
Carvalho, C. S., Utsunomiya, H. S. M., Pasquoto-Stigliani, T., Costa, M. J., & Fernandes, M. N. Biomarkers of the oxidative stress and neurotoxicity in tissues of the bullfrog, Lithobates catesbeianus to assess exposure to metals. Ecotox. Environ. Saf. 196. 2020.