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EFEITOS DO USO DE RECURSOS DE COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA NO TIPO DE RESPOSTA E INÍCIO DE DIÁLOGO POR UMA CRIANÇA COM PARALISIA CEREBRAL
Luana Gonçalves Biancolli, Gerusa Ferreira Lourenço

Última alteração: 2021-03-18

Resumo


INTRODUÇÃO: A literatura aponta que crianças com Paralisia Cerebral (PC) e necessidades complexas de comunicação (NCC) podem apresentar disfunções ocupacionais que dificultam as atividades da vida cotidiana. Sendo assim, a implementação de Comunicação Alternativa e Ampliada (CAA) com esse público pode suprir ou minimizar essa limitação trazendo contribuições relevantes para a qualidade de vida e inclusão em seus múltiplos contextos de vida. Assim, uma pesquisa foi realizada com o intuito de propor e avaliar um programa de intervenção para o uso de recursos de CAA junto a um aluno com PC e NCC no contexto escolar e domiciliar. OBJETIVO: O objetivo do presente estudo foi analisar os efeitos do programa de intervenção na ampliação das habilidades comunicativas do participante para responder ou iniciar interação com o interlocutor utilizando-se das fichas pictográficas. METODOLOGIA: Foi realizada uma pesquisa experimental de sujeito único, com medidas de antes e depois em fases da intervenção. O participante foi uma criança com PC e NCC de cinco anos de idade. Para a análise de dados foram utilizados instrumentos de caracterização da criança, dois protocolos para coleta de dados e registro por filmagem em cada sessão. Ao total foram realizadas 21 sessões com proposta de atividades e recursos de CAA modificados em diferentes níveis de complexidade ao longo da intervenção, a partir do desempenho do participante. As variáveis de interesse foram o tipo de resposta emitida pelo participante com e sem o uso das fichas no decorrer das interações, como também a frequência da emissão do comportamento de iniciar de diálogo com os recursos de CAA. RESULTADOS: Os resultados apresentaram predominância das respostas da criança através das fichas pictográficas em todas as sessões e frequente uso da habilidade de início de diálogo com ficha a partir da sessão nove, com um pico de 13,9% de uso na sessão 13, finalizando com 12,3% na sessão 19 e permanecendo em uma média de 12,3% na fase de manutenção. Representando, portanto, melhora da autonomia e independência da criança nas habilidades comunicativas após a implementação de recursos de CAA. CONCLUSÕES: A partir dos resultados alcançados, considera-se que o estudo atingiu o seu propósito de descrever a implementação de recursos de CAA com uma criança com NCC a partir das variáveis de tipo de resposta com ou sem ficha e início de diálogo com o uso dos recursos de CAA propostos, demonstrando os benefícios da introdução de novos meios comunicativos para o participante na interação com o interlocutor nos contextos naturais do usuário e contribuindo com a produção de conhecimento na área.

Palavras-chave


comunicação alternativa, paralisia cerebral, terapia ocupacional