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IMC, ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE VIDA DE SERVIDORES FEDERAIs
Claudia Aparecida Stefane, João Pedro Pereira Brito

Última alteração: 2021-02-25

Resumo


Introdução: A prática de atividade física (AF), o índice de Quetelet (IMC) e a qualidade de vida (QV) são importantes aspectos a serem considerados na avaliação e promoção de saúde dos trabalhadores.

Objetivo: Identificar e avaliar as condições de saúde (AF, IMC, QV) de servidores de uma Instituição Federal de Ensino Superior (IFES) considerando o sexo.

Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, descritivo e exploratório aprovado pelo Comitê de Ética (CAAE: 55495016.7.0000.5504). Dentre os servidores, foram excluídas as grávidas e os com carga horária menor que 20 horas semanais. Os participantes responderam um formulário on-line composto por questionário de Atividade Física Habitual de Baecke (avalia AF geral- AFG, ocupacional- AFO, de lazer e esporte-EFL e de lazer e locomoção- ALL), sociodemográfico com autorrelato de peso e área corporal e WHOQOL-Bref (domínio geral, físico, psicológico, social e meio ambiente). Os dados foram processados e analisados no software SPSS (versão 22.0) e o nível de significância estabelecido em 5%.

Resultados: Participaram 116 servidores (43 homens e 73 mulheres), com idade média de 41.3 anos, maioria (56.9%) casada e 89.6% autodeclarados brancos. Quanto a AFG, 56.9% eram ativos (74.4% dos homens e 46.6% das mulheres); 47.4% ativos em AFO (51.2% dos homens e 45.2% das mulheres); 45.7% ativos em EFE (55.8% dos homens e 39.7% das mulheres) e 40.5% ativos em ALL (53.5% dos homens e 32.9% das mulheres). Quanto ao IMC, 44.8% eram eutróficos (39.5% dos homens e 47.9% das mulheres), 28.4% tinham sobrepeso (23.3% dos homens e 31.5% das mulheres) e 26.7% eram obesos (37.2% dos homens e 20.5% das mulheres). Em relação a qualidade de vida, a média no domínio geral foi de 63.4% (63.5% entre os homens e 63.4% entre as mulheres), no físico de 64.0% (65.8% entre os homens e 63.0% entre as mulheres), no psicológico de 62.5% (63% entre os homens e 62.3% entre as mulheres), no social de 63.7% (62.2% entre os homens e 64.6% entre as mulheres) e meio ambiente de 63.5% (63.2% entre os homens e 63.8% entre as mulheres). Houve associação significativa entre inatividade física global e sexo feminino.

Conclusões: Considerando que o sedentarismo, o sobrepeso, a obesidade e a baixa qualidade de vida aumentam as chances do desenvolvimento de diabetes, doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer, é de fundamental importância que a IFES proponha intervenções no ambiente e na dinâmica do trabalho, assim como, que os trabalhadores reconheçam e adotem medidas para incrementar a AF e a QV e manter o IMC dentro dos padrões recomendados pela OMS. Outros estudos precisam ser realizados de modo a verificar a influência de outras variáveis, tais como idade, estado civil, tempo sentado e tempo diante de telas.


Palavras-chave


Exercício físico. Serviço público. Saúde do trabalhador. Índice de Quetelet. Comportamento Sedentário

Referências


Resumo sem referências.