Portal de Eventos CoPICT - UFSCar, XXVII CIC e XII CIDTI

Tamanho da fonte: 
Resistência à Corrosão da Liga de Alta Entropia Al0,75CrFeCoNi Produzida por Conformação por Spray
Guilherme de Paula Mazza, Guilherme Yuuki Koga, Guilherme Zepon

Última alteração: 2021-02-25

Resumo


Introdução

Materiais empregados em ambientes extremos como o setor petroquímico e naval devem apresentar elevada resistência mecânica e à corrosão. Ligas de Alta Entropia (LAE) no sistema AlCrFeCoNi combinam alta resistência mecânica e tenacidade. Ademais, um de seus componentes é o Cr, elemento de liga comumente associado à resistência à corrosão elevada em ambientes agressivos contendo cloretos. Apesar dos recentes trabalhos acerca da corrosão de LAEs, poucos destes avaliaram amostras obtidas por conformação por spray.

Objetivos

O presente trabalho teve como objetivo caracterizar a microestrutura e avaliar a resistência à corrosão da liga Al0,75CrFeCoNi produzida por conformação por spray através de métodos eletroquímicos em meios ricos em cloretos.

Metodologia

A metodologia utilizada nesse estudo de iniciação cientifica inclui: análises de microscopia ótica, difração de difração de raios-x e microscopia eletrônica de varredura, para a caracterização microestrutural; Ensaios eletroquímicos de potencial de circuito aberto e polarização potenciodinâmica em soluções com diferentes teores de íons cloretos, para estudo da formação do filme passivo e sua estabilidade. A morfologia e a severidade do ataque por pites foram avaliadas através da análise microscópica da superfície corroída.

 

Resultados

Os estudos apontam que a LAE Al0,75CrFeCoNi produzida por conformação por spray possui um patamar passivo extenso, característico de aços inox indicando elevada resistência à corrosão em ambientes ricos em cloretos. Contudo as análises de potencial de circuito aberto mostram que o filme passivo não se estabiliza no tempo de uma hora, quando imerso nos meios testados, sendo necessário estudos em tempos maiores de potencial aberto a fim de verificar a estabilidade do filme passivo.

Quanto a microestrutura da liga, foi observado a presença de duas fases. Uma fase B2 rica em Alumínio e outra fase CFC com menor teor de Alumínio e maiores teores de Cromo e Ferro. Por conta da baixa resistência a corrosão do Alumínio em meios ricos em cloretos foi observado uma fragilização da fase B2 rica em Alumínio durante a formação de pites em ataque forçado. Enquanto que a fase CFC permaneceu quase que inalterada, a fase B2 foi corroída.

Conclusões

A liga apresentou uma microestrutura bifásica bastante refinada capaz de proporcionar resistência a corrosão em ambientes ricos em cloretos de forma satisfatória, com patamares passivos semelhantes aos aços inox. Contudo, as curvas de potencial aberto revelam que o tempo de uma hora não é suficiente para a formação e estabilização do filme passivo. Dessa forma, investigações futuras devem ser realizadas para averiguar a boa formação do filme passivo em tempos de imersão maiores.


Palavras-chave


ligas de alta entropia, corrosão, corrosão eletroquímica