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ASSISTÊNCIA DOS ENFERMEIROS AOS USUÁRIOS COM SUSPEITA DE DENGUE
Nilirem Leal, Haryanna Oliveira Arantes, Sílvia Carla da Silva André Uehara

Última alteração: 2021-03-03

Resumo


Introdução: a dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, sendo caracterizada como moléstia que oferece riscos para a saúde da população por se manifestar de forma única, dinâmica e sistêmica, podendo evoluir para casos graves e levar a óbito. Nesse contexto, há a necessidade de uma assistência padronizada ao usuário com suspeita de dengue, deve ser realizada com base nas diretrizes de classificação de risco da Política Nacional de Humanização e o Protocolo de Estadiamento da doença, seguindo a avaliação dos sinais e sintomas do paciente, sendo classificados em: Grupo A: sem sinais hemorrágicos com prova do laço negativo e sem sinais de alarme; Grupo B: presença de sangramento espontâneo, prova do laço positiva e sem sinais de alarme; Grupo C: apresenta algum sinal de alarme com manifestação hemorrágica ou não; e por fim Grupo D: apresenta sinais de choque, desconforto respiratório, manifestações hemorrágicas e disfunção grave de órgãos. A classificação de risco deve ser considerada uma ferramenta essencial na rotina dos enfermeiros para a identificação da condição clínica e vulnerabilidade do paciente. Objetivo: avaliar a assistência dos enfermeiros das Unidade Básica de Saúde (UBS) e Unidades de Pronto Atendimento (UPA) de São Carlos aos usuários com suspeita de dengue. Método: Trata-se de uma pesquisa transversal, descritiva e de abordagem quantitativa. Este estudo foi realizado em 9 UBSs e 3 UPAs de São Carlos, com uma população de 26 enfermeiros. Os dados foram coletados por meio de um questionário autorrespondido, utilizando um instrumento adaptado de Esashika (2012); e, foram analisados por meio da estatística descritiva. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar. Resultados: Para o tratamento dos usuários classificados no Grupo A, 77% (20) dos enfermeiros afirmaram dispor de sais para hidratação oral, antitérmico e analgésicos e 35% (9) referiram realizar hemograma para os usuários incluídos nesse grupo. Para os usuários classificados no Grupo B, 92% (24) dos participantes afirmaram que o tratamento se baseia na hidratação oral ou venosa e 46% (12) referiram que as unidades possuem condições de mantê-los em observação por 12 horas caso seja necessário. Para o tratamento dos usuários classificados no Grupo C e D, 81% (21) dos enfermeiros afirmaram que o tratamento inclui hidratação venosa imediata e 96% (25) dos entrevistados relataram que os usuários são encaminhados após o atendimento. Conclusões: É notório que os enfermeiros possuem um conhecimento clínico sobre a dengue; no entanto, ainda apesentam lacunas quanto às particularidades da assistência oferecida aos usuários com suspeita de dengue. Ressalta-se a importância da classificação de risco em casos suspeitos de dengue, com vistas a minimizar os riscos de complicação e mortalidade.

Palavras-chave


enfermagem; arboviroses, dengue