A presente pesquisa de Iniciação Científica, realizada entre meados de 2019 e 2020, teve como proposta investigar a presença da relação corpo, canto e música nas práticas de Ivaldo Bertazzo, Izabel Padovani e Ari Colares, respectivamente: coreógrafo, cantora e percussionista. O projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da UFSCar (CEP) e os sujeitos investigados autorizaram a publicação das suas identidades. Procuramos averiguar nas práticas citadas procedimentos que promovam a  integração do corpo à prática musical de modo a subsidiar processos pedagógicos voltados ao ensino de música. Para o desenvolvimento da pesquisa foi utilizado o método de observação participante, que envolveu a realização de vivências junto aos sujeitos investigados, bem como a realização de entrevistas e leitura de publicações e pesquisas produzidas pelos mesmos. Os dados coletados a partir das práticas vivenciadas foram descritos em detalhes, bem como seus espaços de realização e materiais utilizados, que somados às entrevistas e fichamento da bibliografia selecionada foram analisados com suporte teórico do campo da Educação Somática, no qual o corpo e o movimento exercem papel central tanto no nível prático quanto reflexivo. Demonstramos que a relação corpo, canto e música permeou as práticas dos sujeitos investigados em diferentes níveis e proporções. Izabel lida com o corpo em sua relação com a emissão vocal, propiciando uma prática balanceada entre questões corporais e musicais; a prática de Bertazzo possui o foco nas questões do corpo e relaciona música quando organiza o movimento através do tempo; Ari possui uma prática fortemente direcionada às questões musicais e relaciona o corpo com o aprendizado de ritmos da cultura popular, tais como jongo, ijexá dentre outros. Discutimos brevemente a possibilidade de aquisição e multiplicação desses conhecimentos por educadores musicais em seus contextos de trabalho e destacamos alguns desafios que podem ser encontrados, sejam eles referentes à infraestrutura física e material que dispõem, sejam relacionados ao investimento financeiro e a disponibilidade de tempo destinada à formação continuada. Por fim, destacamos a possibilidade de desdobramento da pesquisa em ações extensionistas que visam compartilhar o conhecimento adquirido e proporcionar uma discussão com profissionais da educação de modo a promover o estreitamento entre Universidade e Escola Básica.