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Este estudo teve como objetivo investigar o impacto do gerenciamento de resultados e da restrição financeira no endividamento das empresas brasileiras. Para tanto, foram coletados dados financeiros de 276 organizações de capital aberto, no período de 2011 a 2018. Baseando-se nos testes de diferenças de médias e em modelos de regressão em painel multivariado, pode-se concluir que existem indícios de que o gerenciamento de resultados impacta de forma negativa o endividamento. As firmas agrupadas entre as que apresentam indícios de gerenciamento de resultados exibiram um percentual de Passivo Oneroso médio menor, o Custo do Capital de Terceiros foi menor e demonstraram capacidade interna de gerar caixa ligeiramente superior, mas são avaliadas de forma negativa pelo mercado. A variável binária representativa da restrição financeira foi positiva e significativamente associada ao Passivo Oneroso e aos Empréstimos e Financiamentos de Curto Prazo. Este resultado pode ser um indício de que firmas restritas revelam maior dependência dos recursos de terceiros de curto prazo. Os resultados dos testes de diferenças de médias aparentam coerência nesse sentido, pois, em média, as empresas restritas foram as mais endividadas e mostraram um custo de capital de terceiros médio superior, menor valor de mercado e rentabilidade negativa.

Gerenciamento de Resultados; Restrição Financeira; Estrutura de Capital;