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AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA INFRAESTRUTURA CICLOVIÁRIA DE UMA CIDADE DE PORTE MÉDIO DO ESTADO DO MATO GROSSO
Gabriel da Silva Macedo, Thais de Cassia Martinelli Guerreiro

Última alteração: 2021-03-18

Resumo


  1. Introdução

De um modo geral, as cidades brasileiras foram planejadas priorizando o transporte motorizado individual, o qual apresenta duas desvantagens. São elas: o uso de combustíveis poluentes e o uso ineficaz dos espaços urbanos (ITDP, 2017). Tais desvantagens explicitam a necessidade de buscar outros meios de transporte, sendo a bicicleta um deles, pois representa uma das melhores opções para as médias distâncias (de até 5 km), pois é mais rápido e limpo (Chapadeiro, 2012).

2. Objetivo

O objetivo desta pesquisa foi avaliar a qualidade da infraestrutura cicloviária de Sinop, Mato Grosso. Foram considerados indicadores, cenários e pontuações, a partir dos quais foi calculado o Índice de Qualidade de Infraestrutura Cicloviária Total (IQICtotal) e o respectivo Nível de Serviço.

3. Metodologia

Os 15 indicadores de qualidade da infraestrutura cicloviária considerados são apresentados no Quadro 1.

Quadro 1 – Indicadores

Indicador

G1 – Condições do pavimento

G2 – Largura da via para ciclovias bidirecionais

G3 – Sinalização

G4 – Declividade da via

G5 – Nível de segregação da ciclovia

G6 – Conexão entre modais

G7 – Conectividade das ciclovias

G8 – Medidas de Traffic Calming nas intersecções

G9 – Legibilidade

G10 – Distância das ciclovias aos polos geradores de viagem (PGVs)

G11 – Concordância da infraestrutura adotada em relação à velocidade dos veículos

G12 – Iluminação

G13 – Recuo dos estacionamentos e da linha de retenção de veículos automotores nas travessias de bicicletas

G14 – Arborização e sombreamento

G15 – Intersecções e travessias

Fonte: Autoria própria (2020)

Ademais, as seguintes etapas foram realizadas:

a)    Construção de um modelo SIG contendo a malha viária da cidade de Sinop;

b)    Elaboração da pontuação dos indicadores;

c)    Levantamento de campo;

d)    Cálculo do IQIC por trecho e do IQICtotal;

e)    Determinação do Nível de Serviço;

f)     Criação de mapas temáticos.

A partir da pontuação obtida em cada indicador para as infraestruturas avaliadas, foi possível classifica-las de acordo com o Nível de Serviço (Quadro 2).

Quadro 2: Níveis de serviço

IQIC

Nível de serviço

0 a 0,9

E - Muito Ruim

1 a 1,9

D - Ruim

2 a 2,9

C - Regular

3 a 3,9

B - Bom

4

A - Muito Bom

Fonte: Autoria própria (2020)

4. Resultados

No Quadro 3 são apresentados os IQICs por trecho que resultaram em um IQICtotal = 2,72, caracterizando um Nível de Serviço C - Regular.

Quadro 3 - IQICtrecho calculado a partir das notas por indicador

Vitória Régia

Bruno Martini

Tarumãs

Itaúbas

MT 140

IQICtrecho

3,13

3,29

3,16

3,01

1,51

 

 

Fonte: Autoria própria (2020)

 

Na Figura 1 são apresentados os Níveis de Serviço obtidos para cada trecho.

Figura 1: Níveis de Serviço das infraestruturas cicloviárias

 


Palavras-chave


Transporte cicloviário, Mobilidade Urbana, Níveis de Serviço

Referências


CHAPADEIRO, F. C.; ANTUNES, L. L. A inserção da Bicicleta como modo de transporte nas cidades, Revista UFG, Ano XIII. No. 12. 2012.

 

ITDP Brasil: INSTITUTO DE POLÍTICAS DE TRASNPORTES DE DESENVOLVIMENTO. Guia de Planejamento Cicloinclusivo. Rio de Janeiro: ITDP, 2017.