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Interações entre Óxidos de Prata e o Ânion Boroidreto
Lauren Moreti, ELTON FABIANO SITTA

Última alteração: 2021-02-25

Resumo


A prata e seus óxidos têm sido estudados nas últimas décadas pela sua utilização em baterias e na construção de modelos para a dupla camada elétrica contendo de várias monocamadas de óxidos metálicos. Na etapa prévia a formação de óxidos de prata em meio alcalino ocorre a adsorção reversível de íons hidroxílas na superfície da Ag em potenciais acima de 0,4 V (vs ERH). A oxidação da prata se dá pela formação de Ag2O entre 1,10 e 1,15 V em camadas superficiais, seguido da formação de camadas mais profundas entre 1,15-1,35 V com a presença de Ag(OH)2. A formação dessas espécies se apresenta na forma de diversos picos em voltamogramas cíclicos, que podem ser conectados à adsorção de OH- e/ou transição entre fases. Em contrapartida, se o sentido da varredura de potencial é invertido, a redução desses óxidos resulta em apenas pico, enfatizando a irreversibilidade do processo. Excursões para potenciais acima de 1,55 V resultam na formação de Ag(II) e de um segundo pico de redução, sendo que a separação entre a formação de Ag(I) e Ag(II) ocorre por uma barreira cinética e termodinâmica. Na presença de 1,0-10,0 mM do ânion borohidreto (BH4-), um conhecido agente redutor, há um novo pico no voltamograma em 0,88 V, mas a dinâmica de oxidação da Ag em baixos potenciais não é modificada e a oxidação do BH4- ocorre sobre a camada de óxidos. Entretanto, com o aumento do potencial, além das maiores correntes de oxidação do BH4-, o segundo pico de redução durante o sentido decrescente de potencial passa a ser observado nos voltamogramas cíclicos quando o potencial máximo é de apenas 1,35 V. Desta forma, o BH4- parece atuar na transição entre Ag(I) e Ag(II), provavelmente por meio da desestabilização de barreiras de passivação formadas por fases intermediárias.