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PROPOSIÇÃO DE CRUZAMENTOS PARA FORMAÇÃO DE HÍBRIDOS DE PINUS VISANDO A QUALIDADE DA RESINA
Kethelyn Rafaela Sudário de Oliveira, Ananda Virginia de Aguiar, Wanderley dos Santos, Marcelo Lazzarotto, Mayte Sampaio Cesário da Silva Sestrem, Karina Martins

Última alteração: 2021-02-25

Resumo


Espécies de Pinus são plantadas no Brasil tanto para produção de madeira como de resina. Esta é utilizada nas indústrias química e farmacêutica, porém, são raros os estudos que compararam as espécies quanto à qualidade da resina, principalmente sobre proporção dos seus componentes básicos, que são o breu e a terebintina. Esse estudo teve o intuito de quantificar os componentes da resina em dez espécies de Pinus, para em seguida propor a hibridação entre espécies visando alcançar resina com maior proporção de terebintina. Analisou-se 89 amostras de resina de dez espécies de Pinus. As amostras foram coletadas no período entre a primavera e o outono (início de setembro até o final de maio). As espécies foram P. elliottii, P. caribaea var. hondurensis, P. caribaea var. bahamensis, P. caribaea var. caribaea, e o híbrido P. elliotti x P. caribaea var. hondurensis, P. echinata, P. oocarpa, P. merkussi, P. massoniana e P. patula. Dessas, P. elliotti, P. caribaea var. hondurensis e o híbrido dessas duas espécies são plantadas comercialmente no Brasil, e P. massoniana na China. O processo de análise das resinas consistiu em comparar o peso de uma amostra de resina antes e depois de um período de cerca de 6h em estufa com temperatura entre 170°C e 200°C. Sendo este um processo fechado, no qual não há entrada de água na resina, a diferença de peso corresponde à terebintina, que é a parte volátil. Além das proporções de breu e terebintina, comparou-se as espécies quanto à produção total de resina e de terebintina, avaliando também as variações de DAP. A espécie P. merkusii destacou-se pela maior proporção média de terebintina (44,6%). Pinus oocarpa (38,8%) e P. massoniana (37,1%) também apresentam uma média de produção maior que as demais espécies, cuja produção de terebintina variou entre 16% e 25%. Os resultados indicaram que não parece haver associação entre proporção de terebintina e quantidade de resina produzida. As espécies comerciais P. caribaea var. caribaea, P. elliottii e P. elliotti x P. caribaea var. hondurensis foram as que produziram maior quantidade de resina, mas com menor proporção de terebintina. E os valores de DAP variaram entre 17,7 cm e 38,8 cm, decorrente das variações de idade dos indivíduos devidas a diferenças entre os plantios. A partir desses resultados, recomendamos a hibridação entre as espécies mais produtivas de resina e as espécies que se destacaram para a produção de terebintina. Essa estratégia possivelmente auxiliará no desenvolvimento de híbridos mais atrativos para o mercado.


Palavras-chave


resina, terebintina, hibridação; melhoramento genético