1 Introdução

O glifosato é caracterizado atualmente como o herbicida de maior utilização no mundo todo. O mesmo é aplicado para o controle de ervas daninhas e vegetações indesejadas, atualmente estipula-se seu princípio ativo presente em mais de 750 produtos diferentes. Seu baixo custo e sua enorme eficácia fazem com que sua popularidade cresça a cada safra¹.

Seu uso de forma deliberada pode potencializar riscos à saúde de outros seres vivos. Em grande parte das regiões produtivas, pequenos aviões são utilizados para sua aplicação de modo a atingir a área de interesse, porém, outras áreas não desejadas acabam sendo atingidas, afetando dessa forma a água, solo, plantas e culturas, vida selvagem e os seres humanos².

Assim, o desenvolvimento de métodos analíticos sensíveis e seletivos para a determinação de suas concentrações em amostras ambientais, resíduos orgânicos e/ou amostras de águas naturais se torna indispensável uma vez que, sua presença em diferentes quantidades pode trazer variados malefícios à diversos seres vivos.

2 Objetivo

A proposta teve como objetivo desenvolver um sensor a partir de um eletrodo impresso descartável modificado com carbon black (CB) para a determinação de glifosato em amostras ambientais.

3 Metodologia

As soluções necessárias foram preparadas utilizando água destilada produzida a partir de um destilador Tecnal modelo TE-178. CB (gentilmente cedido pela Cabot Corporation) e solventes orgânicos (acetona e cicloexanona) foram utilizados na preparação dos eletrodos impressos (EI). Os demais reagentes possuíam grau analítico.

Um potenciostato/galvanostato modelo PGSTAT 101 (Metrohm) foi utilizado para a realização das medidas voltamétricas e o software NOVA 2.1.3 utilizado para tratamento dos dados. Um sistema formado por três eletrodos foi utilizado empregando EI/CB como eletrodo de trabalho, Ag/AgCl como eletrodo de pseudo-referência e eletrodo auxiliar de carbono. As respectivas medidas foram executadas à temperatura ambiente de 25,0 ± 0,5ºC.

A preparação do sensor se deu a partir do preparo da tinta onde utilizou-se uma mistura entre acetona, cicloexanona e CB em diferentes proporções. A etapa subsequente consistiu na impressão da tinta em pequenas placas de PVC com o auxílio de uma tela de serigrafia de nylon. A mesma foi seca em temperatura ambiente e posteriormente aplicada em um sistema voltamétrico³.

4 Resultados e discussão

Durante o período vigente foram realizadas as seguintes atividades:

• Preparação de diferentes sensores;
• Estudo das concentrações de CB e solventes orgânicos;
• Estudo da quantidade de tinta a ser aplicada;
• Construção dos eletrodos;
• Estudo de diferentes técnicas voltamétricas.

Apesar do bom andamento inicial em relação a definição das técnicas, concentrações e métodos para produção do eletrodo, alguns problemas foram enfrentados, entre eles, um principal: a pandemia da COVID-19. Tal questão pôde ser considerada como crucial em relação a dificuldade no desenvolvimento do sensor, já que desde março não foi possível ter acesso aos laboratórios, impossibilitando o desenvolvimento dos ensaios analíticos e a aplicação do sensor nas condições propostas.

5 Conclusões

Apesar da tentativa de seguir o cronograma e desenvolver a pesquisa proposta no período vigente, será necessário mais algum tempo de estudo para contornar o tempo e atingir o objetivo inicial.