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AVALIAÇÃO DO ESPAÇO DE VIDA DE IDOSOS USUÁRIOS DE UM AMBULATÓRIO DE FISIOTERAPIA
Última alteração: 2021-03-18
Resumo
Introdução: A mobilidade constitui-se da capacidade de locomoção em um determinado ambiente, considerando uso de dispositivos de auxílio. No âmbito da fisioterapia, a avaliação da mobilidade é importante, pois muitas intervenções têm como objetivo promover a melhora da mesma. Assim, quando relacionada a população idosa, ganha uma importância maior, pois envolve aspectos físicos, sociais e ambientais. Portanto, torna-se fundamental a avalição do espaço de vida para auxiliar no delineamento de intervenções para a população idosa. Objetivo: Avaliar o espaço de vida de idosos atendidos em um ambulatório de Fisioterapia e comparar com idosos que não fazem uso deste serviço de saúde. Métodos: Foram avaliados 46 idosos, divididos em dois grupos: Grupo ambulatório (GA, n= 25), que foram atendidos na Unidade Saúde Escola – USE da UFSCar e Grupo Controle (GC, n= 21), com idosos que não faziam uso deste serviço. Todos os indivíduos foram submetidos a uma entrevista para coleta de dados demográficos (idade, sexo, peso, altura e índice de massa corpórea). O espaço de vida foi avaliado utilizando o questionário Life Space Assessment (LSA), que avalia a mobilidade baseada no mês anterior à data de avalição, em cinco níveis (desde sua residência até fora da cidade), Foram avaliados o espaço máximo de vida (LSA-M): maior nível alcançado independente de uso de auxilio de equipamento ou ajuda pessoal; o espaço de vida independente (LSA-I): maior nível alcançado sem auxílio de equipamento ou ajuda pessoal; e assistido (LSA-A): maior nível atingido sem ajuda pessoal, mas considerando auxilio de equipamento. O teste t independente ou Mann-Whitney foi utilizado para comparar os dados de espaço de vida entre os grupos. Resultados: O espaço de vida máximo, independente e assistido apresentaram diferenças significativas entre os grupos. Para o grupo ambulatório (GA), as pontuações de cada score foram de 4,32±0,48 (LSA-M); 2,08±1,78 (LSA-I); e 2,48±1,56 (LSA-A) pontos. Já para o grupo controle (GC), as pontuações de cada score do LSA foram de 4,62±0,59 (LSA-M); 4,57±0,75 (LSA-I); 4,57±0,75 (LSA-A) pontos. Conclusão: O GA apresentou menor mobilidade no espaço de vida máximo, e foi possível observar maior restrição ainda se o GA não contar com auxílio de equipamentos ou ajuda pessoal. Os achados reforçam que pacientes atendidos pela Fisioterapia tem restrições em sua mobilidade, e esta deve ser avaliada de modo amplo, como o permitido no LSA
Palavras-chave
Espaço de vida. Idoso. Fisioterapia. Exercício Físico