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ANÁLISE DO PROCESSO DE CRIAÇÃO E MONTAGEM DE UM DIORAMA FOTOGRÁFICO.
Maria Fernanda Rosa da Silva, Hylio Lagana Fernandes

Última alteração: 2021-03-18

Resumo


Os Dioramas se consolidaram como uma rica estratégia de ensino dentro dos museus deciências, contribuindo para a compreensão do público sobre avanços científicos, como por exemploa consolidação da ecologia como ciência e o aprendizado dos animais em seus respectivosambientes. Dada a potencialidade desse artefato para sensibilizar o público e operar como veículoeducacional, nasceu a ideia de produzir Dioramas para o ensino de Biologia. As fotografias podemdesempenhar um importante papel no ensino da Biologia, sobretudo no aspecto descritivo deambientes, seres vivos e suas estruturas, dado seu caráter de contiguidade com o real, que deriva nacrença do dispositivo fotográfico como representação da realidade. Aliando essas duas frentes, aconcepção didática do Diorama e a potência comunicativa das fotografias, o objetivo desse projetofoi analisar o processo de produção e avaliação de Dioramas Fotográficos, criados a partir defotomontagens. Os Dioramas foram confeccionados na intenção de criar em uma única imagem ailusão de tridimensionalidade com a representação de diferentes seres vivos presentes em ummesmo ambiente. A escolha local para o trabalho são os ambientes da mata atlântica, pois abrigaaltos níveis de riqueza biológica e endemismo. O foco escolhido para este trabalho foram osinvertebrados, grupo animal abundante na Mata Atlântica, mas que muitas vezes passa despercebidoaos olhos dos visitantes. Durante as saídas a campo foram realizadas tomadas fotográficas dosambientes, considerando diversos planos (panorâmicas, plano médio, close) e dos animaisinvertebrados encontrados nos locais; os invertebrados terrestres em sua maioria são serespequenos, portanto a utilização de técnicas e equipamentos de macrofotografia foram essenciais.Foi realizado saídas de campo nas proximidades da “Cachoeira do Chá” em Tapiraí-SP, eentão produzido 152 imagens do ambiente e de detalhes específicos que os compõe; além de 323fotos dos invertebrados ali encontrados de 50 espécies diferentes.Foi selecionado as melhores fotos que então foram “tratadas” e “cortadas” para montagem dodiorama no Photoshop, usando camadas. Como produto final resultaram três dioramas, cada umcom um foco diferente: o primeiro focando em animais de mesma ordem; o segundo com osinvertebrados camuflados; o terceiro com uma maior diversidade de famílias.As produções foram avaliadas por um questionário online, com relação aos dados obtidos nasentrevistas, ficou evidente de que temos que tomar alguns cuidados ao escolher animais tãopequenos fisicamente como os invertebrados para compor o diorama; no caso do plano de fundo
optou-se para ser mais fechado, não tão panorâmico, para não perder a questão da escala; e ainda,em termos visuais, ser o menos chamativo possível, para poder não desviar a atenção do leitor paraum assunto secundário, como foi o caso das flores no primeiro e segundo diorama; emcontrapartida, foi possível notar que as cores são elemento importante para cativar a atenção dopúblico: os animais com cores muito próximas do fundo não chamaram atenção ou sequer foramnotados como foi o caso do segundo diorama; nesse sentido interessante compor fundosvisualmente mais neutros e colocar invertebrados chamativos.

Palavras-chave


fotografia, ensino de ciencias, artrópodes

Referências


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