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RELAÇÃO ENTRE PRÁTICAS EDUCATIVAS DOS PROFESSORES DO DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA DA UFSCAR E SOFRIMENTO PSÍQUICO DOS ESTUDANTES
Taís Bleicher, Sarah Masetto Rodrigues, Diego Mendonça Viana

Última alteração: 2021-02-25

Resumo


A saúde mental dos universitários vem ganhando grande atenção nas mídias e redes sociais. Algumas pesquisas demonstram maior prevalência de transtornos mentais menores entre universitários do que na população geral com mesma faixa etária, sendo vários os fatores de risco associados. Entretanto, raras são as pesquisas que estudam os determinantes educacionais da saúde mental discente. Diante disso, esta pesquisa objetivou analisar a relação entre práticas educativas dos professores do Departamento de Matemática da UFSCar – São Carlos e sofrimento psíquico dos estudantes de graduação presencial em engenharia. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas no final do primeiro semestre de 2019, com nove estudantes, um de cada uma das engenharias ofertadas no campus São Carlos e dois da Engenharia Elétrica e os resultados foram avaliados por meio da técnica de análise de conteúdo de Bardin. As análises demonstraram que os estudantes deduzem relação entre práticas educativas e sofrimento psíquico, havendo práticas mais associadas com este e com a dificuldade de aprendizagem, como: a cobrança excessiva de demonstrações matemáticas em cursos de engenharia, a utilização de apenas um método avaliativo (prova) na disciplina, a sobrecarga discente, a incoerência entre o conteúdo passado e as avaliações e a complexidade das explicações. Em contrapartida, demonstrações práticas do conteúdo e proximidade e preocupação docente foram apontadas como importantes para a aprendizagem e para a saúde mental dos estudantes. Em suma, o estudo buscou destacar os determinantes educacionais do sofrimento universitário de modo a embasar futuras intervenções locais, especialmente de prevenção. Espera-se, portanto, que a Universidade assuma sua responsabilidade social enquanto promotora de saúde e atue em continuidade de cuidado com a Rede de Atenção Psicossocial – RAPS do município de São Carlos.


Palavras-chave


Sofrimento psíquico; universitários; Exatas, Práticas educativas.