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A INTERFACE ENTRE OS MERCADOS DE ETANOL E AUTOMOBILÍSTICO
Andreza Tuckmantel de Lima, Marta Cristina Marjotta-Maistro

Última alteração: 2021-02-25

Resumo


O Brasil se destaca mundialmente no setor sucroenergético, sendo o segundo maior produtor de etanol. Com isso, é de grande importância estudar e analisar o mercado deste combustível, bem como de outras temáticas que o cercam, e assim contribuir para o fortalecimento de políticas públicas e ações da iniciativa privada no setor. O objetivo geral deste trabalho consiste em analisar a interface do mercado automobilístico de carros movidos a etanol, gasolina ou flex-fuel e as atividades produtivas do setor sucroenergético no que se refere à produção de etanol, no período entre 2003 e 2018. Especificamente, calcular a correlação entre a venda dos carros e a produção de etanol; realizar o levantamento da frota brasileira de automóveis leves movidos a etanol e flex-fuel, e analisar a dinâmica do consumo de etanol, desde a criação da tecnologia flex-fuel. Para isso, usou-se uma análise descritiva para avaliar os dados secundários obtidos e assim calcular o Índice de Correlação de Pearson. Desta forma, observou-se um aumento exponencial na produção de automóveis com tecnologia flex-fuel no mercado automobilístico brasileiro. Além disso, notou-se que o consumo de etanol hidratado é inferior ao consumo de gasolina C. Já as correlações indicam: correlação positiva entre a produção de etanol hidratado e as vendas de automóveis leves com tecnologia flex-fuel, como também quando se trata da produção de etanol anidro; correlações negativas foram observadas entre a produção de etanol anidro e as vendas de automóveis leves movidos somente a gasolina, como também com as vendas de automóveis movido somente à etanol. Conclui-se que a tecnologia flex-fuel mudou radicalmente o cenário automobilístico brasileiro, tornando, de 2005 em diante, a frota majoritariamente composta por carros movidos por esta tecnologia, e apesar do consumo de gasolina C ainda ser superior ao consumo de etanol hidratado, este apresentou constante crescimento em seu consumo no período analisado. Por fim, ressalta-se que esses resultados tendem a indicar e reforçar a predominância da tecnologia flex-fuel levando a ser a linha condutora na tomada de decisão para os produtores de combustíveis, tanto fóssil como de etanol.

Palavras-chave


etanol; flex-fuel; consumo; tecnologia