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CONTRIBUIÇÕES DA ABORDAGEM TEMÁTICA CRITICA PARA ENSINO DE BIOLOGIA CELULAR
Maria José Leonel Tedeschi, Antonio Gouvea da Silva

Última alteração: 2021-03-18

Resumo


 

Quando pensamos em Biologia Celular, logo nos remetemos a um mundo microscópico cercado de muita abstração e bem distante de qualquer realidade tangível, onde as teorias tomam vagamente uma forma, apenas em nosso imaginário. Entretanto, pouco se discute sobre como tais temáticas podem afetar e influenciar significativamente o modo como vemos, interpretamos e interagimos com o mundo à nossa volta. Logo, partindo-se da necessidade de buscar-se novas estratégias e abordagens pedagógicas, que pudessem contribuir e facilitar o processo de ensino-aprendizagem de biologia celular, uma vez que este possua uma série de desafios relacionados à sua abordagem e a compreensão dos conteúdos, realizou-se este estudo a fim de identificar como a abordagem temática crítica é expressa nos livros didáticos para o ensino de biologia celular. Com isso, a partir da pesquisa bibliográfica e da análise documental (Lüdke; André, 1986) de três livros didáticos, sendo dois propostos pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) e um advindo de uma rede privada, pode-se verificar-se através da análise do conteúdo alguns aspectos como a seleção e organização dos assuntos de citologia, a abordagem introdutória e conceitual das temáticas e as atividades propostas, focando-se na existência ou não de propostas problematizadoras, e ou, que possibilitasse ou promovessem a realização da abordagem crítica (DELIZOICOV, 2008). Com isso, temos que de modo geral, os livros apresentam os conteúdos de forma pouco contextualizada, com atividades geralmente voltadas para a fixação e memorização dos conceitos, tendo o foco direcionado para os vestibulares, e carecendo-se de tal abordagem, ainda que esta apresente-se como facilitadora do processo de ensino. Deste modo, pensando-se na melhoria do ensino de biologia celular, temos que a utilização de novas estratégias e abordagens pedagógicas possam contribuir de forma considerável, para tornar o processo de ensino-aprendizagem mais significativo para os alunos. Logo, é necessário, ter uma análise mais crítica e cautelosa sobre a escolha do material didático a ser utilizado, de modo que o docente tenha a liberdade e a autonomia de trabalhar utilizando-o como um material de apoio, e tornando-o uma ferramenta de ensino, e não apenas de reprodução de conteúdo.