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Enzimas de estresse oxidativo em fígado de girinos de rãs-touro, Lithobates catesbeianus (Shaw, 1802) como bioindicadores de poluição.
Davi Marques Gutierres, Cleoni Santos Carvalho

Última alteração: 2021-03-18

Resumo


Este projeto teve como intuito identificar a presença de xenobióticos e como eles afetam o fígado de girinos de rãs-touro por meio de biomarcadores moleculares que participam do controle do estresse oxidativo, sendo realizado o diagnóstico da toxicidade apresentada por amostras de água do Rio Sorocaba. Os biomarcadores monitorados foram as enzimas GPx (glutationa peroxidase) e GST (glutationa S-transferase), além de um tripepítideo GSH (glutationa reduzida). A metodologia empregada consistiu na coleta de água do Rio Sorocaba em dois pontos P1 e P2 (Ibiúna e represa de Itupararanga, respectivamente) e em dois períodos (Março – verão e Setembro - inverno), posteriormente levadas ao laboratório para a exposição dos girinos durante 96h e dividida em pequenas amostras para a análise de metais em uma empresa privada. Após a exposição dos animais (96h) houve a coleta dos órgãos que foram preparados para as análises bioquímicas das atividades das enzimas e do tripepítideo. Para as análises bioquímicas das amostras de fígado foi utilizado o método de espectrofotometria, medindo a absorbância das amostras e as utilizando em análises estatísticas em softwares (Excel e R). Os resultados obtidos foram os seguintes: a análise das amostras de água enviadas para empresa privada registrou os metais Alumínio (Al), Cobre (Cu), Manganês (Mn) e Zinco (Zn) nos dois pontos e períodos. Foram realizados gráficos para uma melhor visualização e comparação. A concentração e as atividades das moléculas apresentaram resultados interessantes, a GSH aumentou significativamente no grupo do P2 no período chuvoso em comparação com o controle, a GPx sofreu uma alteração sazonal aumentando sua atividade no período seco e em relação ao seu controle. Por fim, a atividade de GST no período chuvoso no P1 foi estável e no P2 uma queda em relação ao grupo controle e no período seco houve um aumento na atividade dos dois pontos em relação ao grupo controle. Este estudo demonstrou que os girinos foram sensíveis a água do rio Sorocaba mesmo em uma exposição aguda (96h) e com os metais em concentrações consideradas seguras pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA 357/2005).


Palavras-chave


anfíbios, metais, enzimas, estresse oxidativo