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Caracterização da Inovação Sustentável nas Administradoras de Consórcio, Corretoras e Distribuidoras e Instituições de Pagamento do Setor Financeiro Brasileiro
Fabio Aparecido Bruschi Júnior, Ivete Delai, Edemilson Nogueira

Última alteração: 2021-03-18

Resumo


Introdução: Com o passar do tempo o mundo evoluiu e com essa evolução, mudanças na visão tanto de empresas, quanto de clientes tem modificado muito o modo de agir e pensar no mundo. Na década de 90 a presença da sustentabilidade e da preocupação ambiental e social começou a pairar sobre as empresas, tendo este tema evoluído cada vez mais, chegando hoje a ser pensada por empresas que mesmo de forma indireta podem contribuir para um mundo mais verde e igualitário, o setor financeiro. Com relação a existência de estudos na área de sustentabilidade aplicada ao setor financeiro, as pesquisas se mostraram bem escassas e ainda mais escassas se considerarmos somente o escopo brasileiro.

 

Objetivo: Este projeto teve como objetivo identificar toda essa gama de práticas internas sociais e ambientais que são oferecidos por algumas empresas ligadas ao setor financeiro brasileiro, estudando suas características e atendimento a legislação, sendo as três vertentes analisadas: administradoras de consórcio, corretoras e distribuidoras e instituições de pagamento.

Metodologia: O primeiro passo foi entender e definir o que seriam essas práticas internas sociais e ambientais e como as mesmas seriam encontradas. O próximo passo foi compreender a legislação brasileira sore o setor bancário, mais especificamente sobre leis que pudessem afetar o modo como as empresas deveriam agir internamente para tratar questões socioambientais. A seguir foi realizado a identificação dessas práticas ambientais e sociais nas empresas. Essas empresas foram retiradas de listas que continham instituições de pagamento, Corretoras e distribuidoras e administradoras de consórcio.

Resultados: Foram analisadas 35 empresas que se enquadravam nas especificações e foram encontrados dados em ao menos 23 delas, sendo essas empresas com vertentes no setor em questão, mas com empresa matriz nos mais diversos setores, seja na vertente bancária como Itaú, Banco do Brasil, Bradesco, ou também no setor automotivo, como Ford e Yamaha por exemplo.

 

Conclusão: A partir dos resultados foi possível concluir, primeiro as empresas dessas três vertentes do setor financeiro analisado, não tem finanças sustentáveis, ou práticas externas, voltadas a oferecer algum tipo de fomento ambiental ou social. As empresas tem se utilizado de práticas internas visando uma melhoria ambiental e social da sociedade que as cercam, mas essas práticas ainda se encontram aglomeradas em poucas temáticas, e no geral, a preocupação ambiental ainda é mais forte, com muito mais dados encontrados e uma maior diversidade de práticas também, ainda sim, essa diversidade em termos de quantidade não é muito representativa. Por fim, foi possível perceber que quase metade das empresas presentes no escopo deste trabalho, não atendem a legislação brasileira atual de forma completa, um valor considerado preocupante, haja visto que transparência é uma das formas de se avaliar o modo como a empresa está atuando.

 

 


Palavras-chave


inovação sustentável; setor financeiro

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