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ADIÇÃO DE QUITOSANA E INOCULANTES COMO ADITIVO EM SILAGEM DE CAPIM MOMBAÇA
Thainá Moreira Garcia, Jozivaldo Prudencio Gomes de Morais, Mariana Campana

Última alteração: 2021-02-25

Resumo


Introdução: Durante a última década a substituição das tradicionais silagens de milho e sorgo pelas de capim vem se tornando uma prática cada vez mais comum na alimentação de bovinos. A minimização dos custos de produção torna-se um atrativo, em razão da alta produtividade dos capins tropicais por unidade de área. A ensilagem de gramíneas com baixo teor de carboidratos solúveis favorece as perdas durante o processo de ensilagem e, aliada ao elevado teor de umidade da forrageira, propicia o desenvolvimento de bactérias não favoráveis para o processo. Objetivando produzir silagem de melhor qualidade, os inoculantes microbianos tem sido utilizado com o intuito de reduzir o Ph rapidamente. Na finalidade de sempre melhorar o processo de ensilagem, outros aditivos têm sido pesquisados como é o caso da quitosana, que em virtude de seu amplo potencial de utilizações vem se destacando através da indústria e da pesquisa, em função de sua atividade antimicrobiana contra diversas bactérias e fungos. Apesar dos resultados promissores sobre a fermentação de outros materias ensilados não é de nosso conhecimento, pesquisas que tenham avaliado o efeito neste tipo de silagem.

Objetivo: O objetivo do presente trabalho foi avaliar os efeitos da inclusão da quitosana e de inoculantes homo e hetero fermentativos sobre a composição bromatológica da silagem de capim-Mombaça.

Metodologia: O delineamento experimental utilizado foi o delineamento inteiramente casualizado. Os tratamentos estudados foram a inclusão dos aditivos controle (CONT): sem a adição de aditivos; quitosana (QUIT): com a adição de 6,0 g de quitosana por kg de MS; inoculantes homofermentativos (HOMO): com a adição de 14 mg/kg de inoculante homofermentativo; e inoculante heterofermentativos (HET): com a adição de 14 mg/kg de inoculantes. Foram confeccionados 40 silos experimentais, considerando 10 repetições por tratamento. Os silos foram abertos após 100 dias do processo de ensilagem. As perdas por gases foram quantificadas pela diferença de peso do silo após a ensilagem e imediatamente antes da abertura. As perdas por efluentes também foram quantificadas pela diferença de peso da areia contida no fundo do silo no momento de sua abertura e antes da ensilagem. Uma porção das amostras parcialmente secas ao ar foi moída em moinho do tipo Willey com peneira com crivos de 1 mm. As análises de matéria seca, matéria mineral , proteína bruta), fibra em detergente ácido e neutro foram realizadas de acordo com AOAC (2000).

Resultados: Os parâmetros de perdas fermentativas gasosas, líquidas e totais não diferiram entre os tratamentos. Os altos valores de perdas encontrados podem ter sido influenciados, pelas características intrínsecas do capim-Mombaça, haja visto que o teor médio de matéria seca do material que foi ensilado era de 21,8%, teor inferior ao recomendado para a confecção de uma silagem com boa fermentação e conservação. De forma geral, a presença ou ausência dos aditivos inoculantes não alterou a composição bromatológica da silagem nos quesitos avaliados.

Conclusão: A inoculação de bactérias homofermentativos, heterofermentativas ou a utilização de quitosana como inoculante em silagem de capim-Mombaça não apresentou efeito na composição bromatológica.


Palavras-chave


Silagem, Digestibilidade, Nutrição animal

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