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Levedura rizosférica Torulaspora globosa como indutora de resistência sistêmica no controle de Fusarium verticillioides em milho
Fernanda de Sousa Colombini, Márcia Maria Rosa Magri

Última alteração: 2021-02-25

Resumo


Na cultura de milho, um dos vegetais mais consumidos no mundo, utilizam-se numerosas aplicações de agroquímicos para o controle de fitopatógenos que causam danos à saúde humana e ao ambiente. Dentre as principais doenças que afetam a cultura, o fungo Fusarium verticillioides é responsável por causar podridão em raiz, colmo e espiga, além de causar danos em grãos armazenados. As plantas, naturalmente expostas a estresses ambientais, apresentam mecanismos de defesa que permanecem inativos ou latentes até serem acionados por condições adversas. Um desses mecanismos é conhecido como Resistência Sistêmica Induzida (RSI). Agentes químicos, como o ácido acetilsalicílico (AAS) ou agentes biológicos, como microrganismos promotores de crescimento vegetal (MPCV) podem ser utilizados para acionar a RSI. Embora diversos trabalhos apresentem as potencialidades da RSI por MPCV, o estudo da ação de leveduras responsáveis por tais mecanismos ainda não está completamente elucidado. Considerando o exposto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a capacidade da levedura rizosférica Torulaspora globosa (linhagem 6S01) em acionar a RSI em milho, afim de promover uma resposta imune ao fitopatógeno Fusarium verticillioides. Plantas de milho foram cultivadas em vaso, em casa de vegetação, onde receberam os tratamentos (4 dias após emergência) que seguem: controle (água), salina (NaCl 0,85%), solução de AAS (100mg/L), células de levedura (1x105 células/ml) e metabólitos da levedura (filtrado do meio de cultivo da levedura por 48 horas). Os tratamentos foram aplicados com borrifador (5 ml/planta). Após os tratamentos, as plantas foram inoculadas com esporos do patógeno Fusarium verticillioides (1x106 esporos/ml). Dez dias após a inoculação do fungo, as plantas foram analisadas quanto ao grau de severidade dos sintomas de podridão, além do desenvolvimento do vegetal. Os resultados mostram que a aplicação de células da levedura T. globosa promoveu a RSI de forma semelhante ao uso do AAS, uma vez que nas plantas desses tratamentos os sintomas de podridão foram menores, comparados aos outros tratamentos. Também foi possível observar que as plantas tratadas com as células da levedura tiveram seu desenvolvimento estimulado, principalmente nos parâmetros comprimentos parte aérea e raiz, reforçando sua atividade de promoção de crescimento vegetal.


Palavras-chave


leveduras, indução de resistência sistêmica, milho