Pouco se sabe da interação entre os campos eletromagnéticos de baixa frequência com os organismos vivos. Vários estudos relatam como consequência o estresse oxidativo, danos genéticos e alterações mitóticas. Nessa pesquisa, um aparato experimental foi construído para a realização de exposições planejadas, possibilitando varreduras em bandas de baixa frequência. Os estudos foram realizados no Laboratório de Física da Universidade Federal de São Carlos, campus Lagoa do Sino, Buri-SP. O aparato foi construído com auxílio de um gerador de funções da marca Edutec, modelo EEL- 8019 3 MHz com 7 bandas de frequência, variando entre bandas de 1 Hz a 3 MHz, dois multímetros digitais portáteis modelos 15B+ da marca Fluke e de bobinas confeccionadas em fio esmaltado do tipo 20 AWG com diâmetro de 0,813 mm, em seis camadas, cada uma com 123 espiras, resultando em um total de 738 espiras, com comprimento total de filamento de 197 metros e resistência interna equivalente a 7,4Ω. Um estudo de calibração do aparato expositor foi conduzido em experimento aleatorizado em blocos, com três repetições de cada tratamento (frequência do sinal). Foram consideradas frequências na faixa de 5 Hz e 1000 Hz, sendo anotados os valores de campo magnético (µT), campo elétrico (V/m) no ponto central da base da bobina, tensão (V) e corrente elétrica (mA) nos polos de seu condutor. Os dados levantados em laboratório foram planilhados no software Microsoft Excel e analisados no software estatístico R (R CORE TEAM, 2018). O aparato expositor apresentou estabilidade e intensidade de campo factíveis na faixa de 30 a 300 Hz, com campos superando 40 µT. O aparato expositor será de grande valor em pesquisas experimentais futuras, com as quais se intenciona testar os efeitos das radiações eletromagnéticas de baixa frequência em organismos vegetais. É importante frisar que alguns experimentos idealizados nesta pesquisa não puderam ser realizados em decorrência da pandemia de COVID-19, que forçou a suspensão das atividades laboratoriais.