O texto se constrói vinculado ao objetivo de relatar as experiencias vividas dentro da elaboração e execução do projeto de pesquisa cujo procura encontrar através da análise documental, a contribuição da pedagogia freiriana para o ensino de filosofia na educação básica. Sobretudo, conceitua-se como problema da pesquisa buscar em que medida a pedagogia freiriana pode contribuir para a superação dos limites observados nos processos de ensino-aprendizagem da disciplina de Filosofia propostos nos materiais didáticos no Ensino Médio. Tais reflexões remete-se a concepção de que os materiais utilizados em sala para promoção de metodologias essenciais devam essencialmente, promover a consciência crítica. O tema sugere, aponta e questiona em relação ao ensino da Filosofia partiram de alguns pressupostos considerando algumas reflexões e conceitos teóricos adquiridos e construídos durante a investigação temática da mesma. Afirmamos aqui que a problematização para com aplicação do ensino de Filosofia na rede básica, denunciam algumas dificuldades exibidas em algumas experiências encontradas e discutidas nos artigos científicos que sustentaram a problemática debatida. O principal objetivo deste trabalho, que está sendo construído e alcançado com sucesso, foi aprofundar, a partir das leituras dos materiais citados durante a pesquisa, a análise do livro didático de Maria Helena Pires Martins e Maria Lúcia de Arruda Aranha, Filosofando. Introdução à Filosofia (escolhido por estar entre os principais livros trabalhados na rede pública na disciplina estudada), com um objetivo central de priorizar a análise das propostas curriculares compostas no material e definir qual a contribuição da pedagogia Freiriana para o ensino de Filosofia. Para isso, foi necessário pesquisar nos artigos e identificar quais as principais dificuldades no ensino da Filosofia, que em suma, pode ser definido pelo currículo precário, obrigatoriedade da disciplinar, aplicação na concepção de educação bancária, influências tecnicistas e abstração exacerbada sem contextos reais. Partindo da concepção do que seria a Filosofia em si “a primeira resposta seria a decisão de não aceitar como naturais, óbvias e evidentes as coisas, as ideias, os fatos, as situações, os valores, os comportamentos de nossa existência cotidiana”. (CHAUI, 2008, p.17), o ensino de uma educação para o pensar deve favorecer uma formação para a vida cidadã. A análise das relações em sala de aula deve visar o conceito de vivência empática, a partir de uma proposta de intervenção metodológica, por meio de oficinas de leituras que proporcionem a experiência filosófica-fenomenológica ao estudante. Nesta perspectiva, a atualidade da reflexão de Paulo Freire está em inovar as formas de conceber e fundamentar a existência humana em seu processo histórico para uma vida em sociedade diante dos desafios da realidade vivida no Terceiro Mundo. Desafios de uma humanização que passam por uma educação radicalmente dialógica. Com reuniões periodizadas semanalmente, os encontros forneceram a possibilidade de discussão e análise do material escolhido para o desenvolvimento e construção para a pergunta estabelecida.